16 de setembro de 2010
Räikkönen quer voltar à F-1 por causa de dinheiro
Nas próximas semanas a equipe Renault terá de tomar uma decisão importante: aceita Kimi Raikkonen como o companheiro de Robert Kubica, em 2011, e lhe paga also semelhante ao estabelecido no contrato do polonês, cerca de US$ 5 milhões, ou lhe diz “não, obrigado”. Raikkonen se ofereceu para correr no time francês. Mas o que estaria por detrás de iniciativa tão surpreendente, já que o finlandês tinha apenas elogios para o Mundial de Rali, onde corre pela Citroen?
A resposta é bastante simples: dinheiro. Raikkonen vem de uma série de temporadas em que recebia US$ 25 milhões da Ferrari. Este ano, como o time italiano o substituiu por Fernando Alonso, o campeão do mundo de 2007 ganhou a metade para não correr. Como sempre se interessou por rali, pois esse esporte faz parte da cultura de seu país, Raikkonen aceitou o convite da Citroen para competir no seu time júnior, patrocinado pela Red Bull. Recebe também algo, mas se chegar a US$ 1 milhão é muito. É seu primeiro ano, não se pode cobrar muito dele. Mas tem se acidentado demasiadamente.
O universo do rali é bem menos milionário que o da Fórmula 1. O notável piloto francês Sébastien Loeb, também da Citroen, vence o Mundial seguidamente desde 2004, são seis títulos seguidos. E não recebe o que Raikkonen vai ganhar na Renault se lhe pagarem os US$ 5 milhões de Kubica.
O problema do finlandês é que em 2011 não terá mais os US$ 12,5 milhões que a Ferrari lhe paga este ano para não fazer nada. E alguém que passa a ter um nível de vida elevado como o seu precisa sempre de receita para no mínimo pagar as imensas despesas que esse padrão impõe. O que o rali pode lhe pagar não satisfaz. Daí a alternativa Fórmula 1, onde o dinheiro corre bem mais solto.
Mas na hipótese de tudo dar certo e Raikkonen tornar-se companheiro de Kubica, o desafio profissional que o aguarda é imenso. O polonês é um dos mais capazes da nova geração e Raikkonen, já no ano passado, deu mostras de não ser o brilhante piloto do título de 2007.
Acompanhar Kubica será bastante difícil para o finlandês, o que poderá arranhar sua imagem, já desgastada depois das temporadas fracas de 2008 e 2009 na Ferrari, daí ser dispensado, mesmo tendo contrato para este ano.
Fonte: Livio Oricchio - Blog Estadão
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