Ross Brawn reiterou que Michael Schumacher ainda é o mesmo, mas admitiu que, se fosse outro piloto, talvez a Mercedes reconsiderasse sua permanência no time para 2011
Por mais que o desempenho ruim de Michael Schumacher nesta temporada esteja surpreendendo a todos, Ross Brawn insiste em dizer que o talento do alemão não diminuiu depois dos três anos longe das pistas. O chefe de equipe da Mercedes reconheceu, no entanto, que o nome Schumacher dá segurança para o time, afirmando que não seria a mesma coisa se o tedesco fosse um estreante ou outro piloto menos renomado.
Brawn admitiu que a equipe alemã poderia substituir Schumacher em 2011 se não soubesse da capacidade do veterano. “Nós sabemos que ainda há muito por vir, porque Michael está num campo muito mais talentoso do que os outros, tanto na pilotagem quanto na cooperação com a equipe”, declarou Brawn nesta quarta-feira (29) ao site oficial da F1. “E a equipe está muito feliz com a forma como ele está contribuindo. Se fosse um estreante, certamente teríamos de nos perguntar se ele teria capacidade de avançar. Com Michael, sabemos que ele tem.”
Em seguida, o inglês afirmou que a única diferença entre o Michael Schumacher pré-aposentadoria e o Michael Schumacher pós-aposentadoria é que o piloto consegue lidar muito melhor com as adversidades que tem enfrentado, “Ele se tornou mais relaxado. Há cinco anos, ele teria achado esta situação terrivelmente difícil.”
“Ele está muito mais tranquilo e muito mais maduro, e isso não significa que ele esteja menos ambicioso ou comprometido. Estou realmente impressionado com a calma dele", acrescentou.
O dirigente reiterou que o problema de Schumacher são os pneus deste ano. “Se você pegar os dados da telemetria em curvas rápidas ou o tempo dele de reação quando o carro se afasta, eu não vejo nenhuma diferença [para antes da sua aposentadoria]. Lá, ele ainda é o velho Michael. Mas, em curvas lentas, ele não consegue fazer o uso pleno dos pneus como Nico (Rosberg) faz."
“Nico está muito bem neste quesito. Mas acho que está tudo bem com o Michael, já que ele vê claramente onde tem de melhorar. Prevejo que, em 2011, vamos ver novamente o verdadeiro Michael – quando vamos entregar a ele um carro melhor”, completou.
Por fim, Brawn falou sobre a dificuldade do heptacampeão em aliar o seu estilo de pilotagem com os pneus dianteiros desta temporada, mais estreitos para compensar o equilíbrio do carro, principalmente por causa do retorno do KERS. “O estilo de pilotagem do Michael depende de um pneu dianteiro forte e que resista a freadas bruscas, como ele gosta. Nico simplesmente compreendeu melhor como lidar com esses pneus dianteiros.”
Fonte: Warm Up
29 de setembro de 2010
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