17 de março de 2010

Por briga com De la Rosa, Schumi recusa voltar à Associação dos Pilotos

Michael Schumacher não vai reintegrar a GPDA (Associação dos Pilotos de Fórmula 1) em seu retorno à categoria. De acordo com o jornal alemão Bild Zeitung, o heptacampeão mundial é um dos poucos do grid que não fazem parte da entidade que trabalha principalmente pela segurança dos pilotos.

A empresária de Schumacher, Sabine Khem, explicou a escolha do alemão, que foi uma das figuras centrais no trabalho da GPDA após a morte de Ayrton Senna em 1994. “Michael ainda apoia o trabalho da GPDA, mas não sabe se vai se reintegrar. Afinal, ele foi um líder nessa área por muitos anos. Agora ele quer que os outros, que assumiram a causa nos últimos tempos, continuem esse trabalho”, disse a porta-voz do heptacampeão.

Com um salário de 21 milhões de euros em 2010 (R$ 51 milhões), o piloto da Mercedes não teria problemas para pagar os 2 mil euros de inscrição, nem os 500 euros para cada ponto que fizer no campeonato.

Por isso, o verdadeiro motivo de não reintegrar a associação seria um desentendimento do piloto de 41 anos com o atual presidente da GPDA, Pedro de la Rosa, da Sauber. Em 2006, o espanhol chegou a deixar a entidade em protesto após o polêmico episódio protagonizado por Schumacher na classificação do GP de Mônaco daquela temporada.

Na ocasião, o alemão tinha o melhor tempo do treino e vinha em sua última volta rápida quando “errou” e parou seu carro no grampo da curva Rascasse, bloqueando a pista e impedindo que seu maior rival, Fernando Alonso, melhorasse seu tempo. Os comissários entenderam que a manobra foi deliberada e Schumacher perdeu a pole e teve de largar em último.

A GPDA chegou a se reunir no Bahrein para discutir a permanência de Pedro de la Rosa no comando da entidade, mas a reunião teve de acabar mais cedo e a discussão foi adiada para o próximo GP, em Melbourne.

Fonte: Uol Esportes

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