30 de março de 2010

Inglês sugere que Alonso pode pôr harmonia da Ferrari em risco

Mesmo com acidente na largada, Alonso acredita que poderia ter vencido na Austrália

Com um histórico de não lidar bem com companheiros competitivos, Fernando Alonso pode criar um grande conflito na Ferrari. Pelo menos é essa a opinião do jornalista e escritor Mark Hughes, que se mostrou preocupado quanto ao relacionamento entre o espanhol e o brasileiro Felipe Massa em coluna publicada pelo site da rede britânica BBC nesta terça-feira.

Analisando os eventos ocorridos na Austrália, Hughes ressaltou que Alonso acreditava que pudesse obter a vitória apesar do toque com Jenson Button e Michael Schumacher já na primeira curva da prova. Se não conseguiu nem brigar pela primeira posição, talvez tenha culpado Massa, em quem ficou "preso" durante toda a parte final da corrida.

Embora parecesse estar mais rápido que o companheiro naquele momento, o espanhol não viu a Ferrari tomar atitude alguma, o que deve ter irritado o piloto, segundo o colunista. Para reforçar sua tese, este lembrou que no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2006 o bicampeão mundial foi flagrado gritando no rádio para que a Renault obrigasse seu então companheiro, o italiano Giancarlo Fisichella, a abrir passagem.

Uma situação "quase idêntica", na ótica do jornalista britânico, aconteceu no mesmo circuito de Indianápolis um ano depois, quando Alonso reclamou de ter perdido tempo atrás de seu parceiro, Lewis Hamilton.

Concluindo, Hughes apontou que Alonso, finalmente de volta a "um carro à altura de seu talento", sabe que não pode colocar em risco a união dentro da Ferrari. Mesmo assim, há boas chances de ele se irritar ao longo do ano caso não se torne o protagonista da equipe, o que aconteceu na McLaren.

Elogiando Massa, o escritor lembrou que o mau rendimento do brasileiro no treino classificatório na Austrália, onde foi batido pelo companheiro por 0s7, foi ocasionado simplesmente por um "desajuste" - não conseguia esquentar os pneus suficientemente.

Assim, a coluna se encerra adiantando que será "fascinante" ver como será o comportamento do europeu, um "homem psicologicamente complexo", nos próximos meses, e analisar se ele aprendeu dos erros cometidos no passado.

Fonte: Terra

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