13 de agosto de 2010

Como são e a quantas andam os salários na F1


Em julho escrevi aqui sobre os pilotos mais bem pagos da Fórmula 1 com base num ranking elaborado pela revista norte-americana Sports Ilustrated. O jornalista inglês James Allen foi consultado pela publicação para a montagem do ranking e apresentou em seu blog novas informações interessantes sobre como se distribuem os ganhos dos pilotos.

Lewis Hamilton, que a Sports Ilustrated apresentou como o piloto mais bem pago da atualidade, se beneficiou de um contrato de cinco anos, assinado em outubro de 2007, ano de sua estréia espetacular na categoria. Naquele momento, o mundo vivia o auge de um ciclo econômico positivo, que terminaria em 2008 com a mais grave crise do capitalismo desde 1929.

Segundo Allen, o contrato de Hamilton por cinco anos é de 50 milhões de libras, e o piloto da McLaren ainda fatura mais 3 milhões de libras por ano em patrocínio da Bombardier e da Reebok. Seu rendimento anual seria de 13 milhões de libras, que ao câmbio de hoje, equivaleria a US$ 20,2 milhões. Hamilton escapou de uma redução dos salários na F1 provocada pela crise econômica.

Com base em conversas com empresários dos pilotos e chefes de equipe, Allen estima que a renda dos pilotos provém 70% de salário e 30% de bônus relativos a pódios, vitórias e posição no campenato. A Red Bull seria a exceção, com 40% de salário e 60% de bônus, o que deve estar valendo uma boa grana a Mark Webber e Sebastian Vettel, que juntos já venceram sete corridas e fizeram 11 pole-posotions. Em termos de salários, a Red Bull paga 3,5 milhões de libras a cada um de seus pilotos (US$ 5,4 milhões).

Como mostrara a Sports Ilustrated, Kimi Raikkonen continua no topo do ranking dos salários, mesmo competindo no Mundial de Rali, onde os ganhos financeiros não se comparam aos da Fórmula 1. Isso se explica pelos 19 milhões de libras que a Ferrari lhe garantiu para que não corresse por nenhuma outra equipe na F1. O acerto entre a Ferrari e Raikkonen incluiu uma cláusula de que se ele encontrasse outro trabalho, a escuderia italiana complementaria o valor que passasse a receber até alcançar os 19 milhões de libras (US$ 29,5 milhões). Raikkonen foi contratado por 10 milhões de libras para disputar o Mundial de Rali pela Red Bull/Citroen, portanto a Ferrari continua lhe pagando 9 milhões de libras.

Outro grande salário é o do bicampeão mundial Fernando Alonso, embora seja difícil precisar quanto recebe diretamente da Ferrari e quanto ganha do banco Santander, que viabilizou sua contratação pela escuderia italiana. As estimativas variam de 12 milhões a 15 milhões de libras por ano (US$ 18,6 milhões a US$ 23,3 milhões).

Felipe Massa ainda desfruta de um contrato de três anos renovado em 2007 de 12 milhões de libras anuais (US$ 18,6 milhões). O brasileiro renovou com a Ferrari por mais dois anos, mas estima-se que talvez tenha aceitado uma redução dos ganhos por conta da nova realidade econômica e por uma performance que ainda não voltou a dos tempos pré-acidente.

Atual campeão mundial, Jenson Button recebe 8 milhões de libras da McLaren (US$ 12,4 milhões), o que representa 3 milhões de libras a mais do que ganhava na Brawn, ano passado. James Allen disse que é difícil saber quanto ganha Michael Schumacher na Mercedes, mas a equipe, sem revelar valores, assegura que não é a enormidade que o heptacampeão recebia da Ferrari, algo na casa de 25 milhões de libras (US$ 38,9 milhões). Como a volta de Schumacher à Fórmula 1 e sua presença na Mercedes atraiu patrocinadores, ele não deve ganhar menos que 10 milhões de libras, o que corresponde a US$ 15,5 milhões.

Fonte: SpeedBlog

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