De acordo com o jornal "La Gazzetta dello Sport", a Ferrari visa usar o mesmo recurso jurídico adotado por Flavio Briatore caso seja condenada pelo Conselho Mundial em 8 de setembro
Faltando pouco mais de duas semanas para o julgamento da Ferrari no Conselho Mundial do Automobilismo devido ao polêmico jogo de equipe envolvendo Fernando Alonso e Felipe Massa no GP da Alemanha, a equipe italiana elevou o tom e ameaçou entrar na justiça comum com uma ação civil, caso venha a ser punida pela entidade.
É o que diz o diário italiano "La Gazzetta dello Sport". De acordo com o periódico, a Ferrari, se condenada, usaria a mesma tática adotada por Flavio Briatore, quando o ex-chefe de equipe da Renault foi banido do esporte após o escândalo de Cingapura em 2008, no qual estiveram envolvidos Nelsinho Piquet e novamente, Fernando Alonso. Briatore foi vitorioso na ação civil movida contra a entidade e foi autorizado a voltar à F1 em 2013.
Entretanto, de forma oficial, a Ferrari não comenta os novos rumos jurídicos que a situação controversa causada em Hockenheim pode causar. “Nesse tipo de situação, a melhor política é respeitar e confiar no mais alto nível da entidade que rege o esporte”, informou a equipe.
O jornal revelou que a defesa do time de Maranello dirá que a suposta ordem de Rob Smedley — engenheiro de corrida de Massa — para deixar que o espanhol tomasse a ponta e vencesse na Alemanha, na verdade foi uma explicação da situação do piloto brasileiro na prova, que, de acordo com a cúpula da escuderia, estava mais lento que Alonso. Além disso, a Ferrari tentará a liberação das ordens de equipe, desde que não tenham impacto nas corridas das rivais.
Mas o ex-presidente da FIA, Max Mosley entende que, embora o jogo de equipe seja interessante do ponto de vista dos times, a manobra é condenável pelos telespectadores, que garantem a audiência que é responsável por manter a sustentabilidade financeira da categoria.
“A maioria dos times estão pedindo a retirada das ordens de equipe, o que posso entender, porque é de seu interesse”, declarou o antecessor de Jean Todt ao periódico alemão "Welt am Sonntag" no último domingo (22).
“Mas se nós estamos para satisfazer as necessidades do público, que são milhões assistindo às corridas ao redor do mundo, e que ultimamente tem bancado o esporte, então temos de manter a proibição”, completou Mosley.
Fonte: Warm Up
23 de agosto de 2010
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