29 de abril de 2010

Médicos acusam Ferrari de fazer apologia ao cigarro

Associação inglesa diz que escuderia traz “mensagens subliminares” em seu F10

As cores vermelha e branca, bem como um código de barras utilizado nos carros e nos macacões dos pilotos da equipe Ferrari são o mais novo alvo de críticas de uma organização anti-tabaco inglesa.

De acordo com uma entidade de médicos ingleses, os F10, carros da escuderia, fazem apologia à marca de cigarros Malrboro, que estampou os monopostos da equipe italiana até 2005, quando propagandas de cigarros foram proibidas.

A Philip Morris, que fabrica os cigarros da marca Marlboro, é um patrocinador da Ferrari desde 2005, em um acordo que gira em torno das 700 milhões de libras (cerca de R$ 1,868 bi) e termina no ano de 2011.

De acordo com o jornal "The Times", um porta-voz da Comissão de Saúde Pública Europeia, John Dalli, considera que as cores utilizadas no carro da escuderia representam uma mensagem subliminar aos cigarros da Marboro e pediu aos governos espanhois e ingleses para que investigassem se isso está de acordo com a lei.

"O código de barras estampado no carro da equipe lembra um pacote de cigarros Marlboro. Fiquei impressionado quando vi isso. Ultrapassa os limites. Se você analisar como o código está envolvido com a equipe nos últimos anos, parece um ato de manutenção da marca", disse John Britton, diretor do Colégio Royal de Medicina e diretor do grupo anti-tabaco inglês.

A Ferrari, por sua vez, descarta qualquer semelhança entre o design de seus carros e uma caixa de cigarros. De acordo com um porta-voz da equipe italiana, isso faz parte da concepção do carro.

"O código de barras é parte do 'uniforme' da equipe, não de uma campanha com mensagens subliminares", afirmou o representante da escuderia.

"Estamos confiantes de que nossa relação com a Ferrari não viola as leis do tabaco inglesas. O GP da Inglaterra não envolve marcas de cigarro estampadas em nenhum carro, equipe, equipamento ou pista. O mesmo vale para as demais etapas da F-1 ao redor do mundo", disse a Philip Morris ao jornal inglês.

Fonte: Tazio

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