Tendo sido o co-piloto para o multicampeão Tommi Makinen no Subaru World Rally Team em 2002 e 2004, Kaj Lindstrom sabe como é trabalhar nos holofotes. No próximo ano, o finlandês retorna para pilotar em uma temporada inteira ao lado de outra superestrela - Kimi Räikkönen.
Desde 2003, Lindstrom já co-pilotou para diversos pilotos no WRC, mas ninguém tão influente como Räikkönen, a quem já acompanhou na estreia da estrela da F1 no rali - o Rali Ártico do Campeonato
Finlandês de Rali.
Desde então, Lindstrom, 41 anos, já co-pilotou para Räikkönen em dois outros eventos fora do campeonato - o Rali de Mikkeli na Finlândia e o rali de asfalto della Marca, na Itália - e também na etapa do WRC do Rali da Finlândia.
Enquanto se prepara para seu retorno ao WRC no nível mais alto, Lindstrom falou ao wrc.com sobre o desafio que segue.
Q: A última vez que você pilotou uma temporada inteira do WRC foi em 2003, como é retornar às pistas neste nível?
Kaj Lindstrom: É bom estar de volta, e especialmente, com este tipo de piloto, quando você pode ver que há potencial. Já pilotei com muitos tipos diferentes de competidores, desde pilotos 'cavalheiros' àqueles que querem provar seu potencial. Kimi definitivamente tem o potencial de ser rápido, e como um co-piloto, isto torna o seu trabalho mais interessante. Estou bastante ansioso agora.
Q: Você e Kimi ainda não pilotaram o Citroën C4 WRC, quando vão ter a chance?
KL: Bom, estamos planejando testar antes do Rali Ártico em janeiro, mas isso ainda não foi combinado. Ambos vamos ao Citroën Sport em Paris no começo de janeiro para tirar as medidas do assento e daí por diante. Nesta reunião esperamos acertar as datas de testes.
Q: Todos os seus ralis juntos até agora foram num Super 2000 Abarth. Quanta dificuldade você acha que Kimi terá na adaptação para um World Rally Car?
KL: Será diferente, com certeza, mas se Kimi vai ter dificuldades eu não sei. Ele está acostumado a pilotar um carro de Fórmula 1, que eu diria que é um carro que está um passo à frente de qualquer outro. Ele está acostumado a 700bhp (cavalos de freio) nas rodas traseiras, então se ele pode lidar com isso ele pode se virar com a metade da potência - infelizmente - apesar de que tudo deve ficar ok nas quatro rodas. Sim, há uma diferença entre um carro de Grupo N ou Super 2000 e um World Rally Car, mas não acho que será um passo difícil para ele.
Q: Você já pilotou com Kimi na neve, cimento e asfalto. Qual dos ralis de 2010 você acha que será o mais difícil para ele se adaptar?
KL: Acho que todos eles serão difíceis, não posso dizer outra coisa, porque todos serão novos para ele. Talvez os mais difíceis serão os ralis brutos como a Turquia, onde ele vai ter que descobrir o limite do carro. Ele precisa descobrir a força do carro e quais as suas limitações. Há um limite para os carros Super 2000 e Group N e se você ultrapassá-lo você vai quebrar o carro. Mas é uma história diferente com os World Rally Cars. Obviamente você também pode quebrá-los - mas não com tanta facilidade.
Q: E em quais você acha que ele vai se sair melhor?
KL: É difícil prever, mas obviamente o cimento é a superfície com a qual ele está mais familiarizado. Estou realmente muito ansioso para sentar com ele durante estes eventos.
Fonte: WRC.com
Tradução: Fran
Agradecimento: Anelise
11 de dezembro de 2009
Q & A com Kaj Lindstrom
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