FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!
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Finalmente consegui baixar esses vídeos, agora fica só saudade de ver o Kimi na fórmula 1.
Logo que chegou a Valência Kimi Räikkönen, participou de um evento organizado pela Shell em um Shopping. Kimi e alguns jornalistas, realizaram uma competição para ver quem faria a troca de pneus mais rápido.
Fonte: YouTube
Agradecimento: Fran e Joni
** Favor dar devido crédito com link para o nosso blog quem copiar. Traduções dão trabalho, é só o que pedimos **
Kimi - desvendando o enigma
Após ser forçado a sair da Ferrari, Kimi Räikkönen diz que ele simplesmente vai tirar um sabático em 2010. A F1 Racing investiga se o mais curioso dos personagens vai um dia retornar
Abu Dhabi, véspera do Grande Prêmio final de 2009. Kimi Räikkönen está sentado em um palco na frente de 250 emirados, muitos dos quais foram a motivação por trás do caro e impressionante circuito de Yas Marina. Ele é perguntado o que pensa do circuito. "O primeiro setor é ok," diz Kimi. "O resto é uma merda."
Há um engasgo audível na audiência. Ninguém sabe como reagir. Ele realmente disse isso? Kimi, enquanto isso, continua explicando que o fluxo no circuito seria melhorado enormemente se houvesse uma curva rápida no setor final da volta. É um ponto válido, e no qual outros pilotos concordam, mas não é mais o que importa. Kimi acabou de insultar os grandes e bons de Abu Dhabi.
Kimi não é rude ou desajeitado por natureza; ele gosta de chocar as pessoas, sejam elas membros da família real de Abu Dhabi ou Martin Brundle, a quem ele silenciou na TV ao vivo em 2006 quando perguntado sobre o porquê de não ter se juntado a Michael Schumacher para uma foto de adeus. "Eu estava cagando," veio a resposta imortal.
Esta imprevisibilidade fez de Kimi um pesadelo corporativo durante sua carreira de nove anos na Fórmula 1, mas a maioria dos fãs o amavam por sua franquesa porque era o que o destacava. Seduziu até mesmo o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo. "Kimi é diferente," disse Luca após assinar um contrato de quatro anos valendo $150 milhões para que substituisse Michael Schumacher em 2006. "Eu gosto dele. Nâo preciso de um piloto que fale muito. Quero que ele fale na pista."
Apesar de todo esse papo de reticência e rudez, Kimi também é capaz de um charme imenso. Nós raramente víamos isto nas pistas porque não combinava com a imagem de homem de gelo que ele queria retratar, mas ele podia ligar e desligar quando precisava. Os empregados do patrocinador da Ferrari Philip Morris o presenciaram quando ele visitou seu quartel-general na Suíça, após ter vencido o título mundial em 2007. Ele ficou lá muito mais tempo do que ele precisava e encantou a todos porque ele entendia a importância da Marlboro para os esforços da equipe Ferrari.
Esta generosidade de espírito se manifestava em outras formas também. No Amber Fashion Show em Mônaco no ano passado, ele comprou o Corvette 1974 de Sharon Stone por $200.000. Ele nunca nem viu o carro, mas isto não o preocupa. "Eu não me importo," ele comentou, "porque foi para ajudar a Fundação Elton John para a AIDS."
Estes lados conflitantes da personalidade de Kimi, o bom e o mau, o tornou uma pessoa mais complicada de se lidar do que sua imagem de homem de gelo sugeria. Ele não era tão equilibrado e sem emoções como as pessoas pensavam, e talvez fosse inevitável que ele discutiria com o chefe da McLaren Ron Dennis, que tinha o hábito de analisar minuciosamente os defeitos de seus pilotos. Esses picos e buracos emocionais afetavam a consistência de Kimi na pista, o que explica parcialmente por que ele era capaz de brilhantismo e mediocridade em medidas iguais.
A maioria dos observadores pensavam que seu sucesso com o título de 2007 seria uma mola para um sucesso ainda maior nos anos subsequentes, mas o oposto se provou verdadeiro. Sua carreira entrou em declínio constante desde então, com a Ferrari finalmente concordando em pagar a ele £15 milhões para não pilotar um de seus carros em 2010.
O fim foi indistinto para Kimi, mas não foi menos do que ele mereceu; muito frequentemente ele não atingiu o patamar esperado em 2008 e 2009. E haviam tantas altas esperanças para ele. "Schumacher chegou à Ferrari no tempo certo," disse Montezemolo em dezembro de 2006. "Agora chega Räikkönen, também no tempo certo. Ele é motivado e tem a abordagem certa."
Luca deve se arrepender destas palavras agora, porque, tendo conquistado sua ambição de vida de se tornar campeão mundial, a motivação de Kimi foi pelo ralo. Erros se apoderaram de sua pilotagem e quando ele girou para fora da liderança da corrida em Spa ano passado faltando duas voltas para o final e então bateu na parte final do GP de Cingapura duas corridas depois, seu futuro fora da Ferrari foi garantido.
É um mundo cruel no topo da F1 e você tem que lembrar que Räikkönen foi traduzido para substituir Schumacher - além disso, ele herdou o salário exorbitante de Schumacher. Seu total de nove vitórias em três anos (semelhantes a Felipe Massa, cuja temporada de 2009 foi cortada), não foram o suficiente nos olhos da equipe, e a história vai olhar para o total de vitórias na carreira de Kimi - 18 GPs - quatro a menos que Damon Hill - como muito pouco para um homem com o seu talento, dado que ele pilotou para a McLaren e Ferrari por oito anos.
Parte do problema de Kimi na Ferrari foi que ele estava ocupado demais se divertindo. Após ter sido mantido em rédeas curtas sob contrato na McLaren, ele ficou extremamente feliz com a liberdade dada a ele pela Ferrari. Ele podia fazer praticamente tudo o que queria quando fora das pistas e a ele era dada quantidade mínima de trabalho de RP.
Ele deixou a equipe sem dúvidas que era diferente de Schumacher quando participou de uma perigosa corrida de snowmobile na Finlândia uma semana antes de fazer sua estreia na Ferrari em 2007. Enquanto seus rivais já estavam na Austrália se acostumando com a diferença de horário, Kimi estava correndo pelas florestas da Lapônia em velocidades que excediam os 160 km/h. Não somente isso, ele se inscreveu na corrida com o apelido de James Hunt. A ligação com o playboy campeão mundial de 1976, dava uma clara mensagem de intenção e os tabloides foram colocados em estado elevado de alerta. Eles só tinham que esperar alguns meses antes de outra pérola cair em seu colo, quando Kimi se inscreveu em uma corrida de barcos próximo a Helsinki, também como James Hunt, vestido com uma fantasia de gorila.
Nada disso teria importado, se Kimi estivesse entregando os resultados na pista. Mas ele não estava. Seu companheiro de equipe Felipe Massa venceu a terceira corrida de 2007 no Bahrain e foi seu igual desde então. Kimi também perdeu a batalha interna com os mecânicos para Felipe, que era popular e jogava futebol regularmente com os caras em seu lado da garagem. Kimi, por outro lado, era considerado austero e indiferente... e havia conversas sobre suas atividades extracurriculares estarem afetando seus resultados.
"Quando estou no paddock, não posso respirar," disse Kimi. "O lugar me estrangula. As pessoas sempre querem algo de mim." Dado que muito de ser um piloto de corridas está na mentalidade, é difícil de ver como tanta negatividade poderia não afetar sua performance no carro, particularmente quando você considera que ele às vezes curtia um estilo de vida festeiro (ele estava ainda bebendo no bar de seu hotel em São Paulo no dia depois de ter vencido o título mundial). A consistência que pontuou sua épica batalha contra Schumacher pelo título na temporada de 2003, quando ele perdeu por apenas dois pontos na última corrida, nunca foi repetida. Ele pilotou bem em 2007, mas muitos sentiram que o título foi dado a ele de presente pela McLaren no final.
Se Abu Dhabi 2009 foi o último grande prêmio da estranha carreira de Kimi, a F1 vai sentir a sua falta. Vai sentir falta de sua irreverência, vai sentir falta de sua qualidade de estrela e vai sentir falta de seu imenso talento, pois quando Kimi se importava ele era sempre devastadoramente rápido.
Sua melhor vitória foi provavelmente em Suzuka em 2005, quando ele superou todo o grid saindo da 17ª posição. Em Melbourne em 2001, quando ele terminou em sexto em sua estreia na F1 no que era apenas sua 24ª corrida de carros, também foi incrível. Mas estes momentos de brilhantismo foram intercalados com muita ordinariedade. Ele era muito capaz de fazer apenas o mínimo necessário, corrida após corrida, o que era indesculpável para um homem de seu status e exigências salariais colossais.
Após ter sido descartado pela Ferrari, ele tentou um emprego com a McLaren e com a Mercedes GP, mas sua queda das graças foi tão forte que as equipes controlavam as conversas. A McLaren não estava preparada para pagar o dinheiro que ele queria, ou concordar com um número reduzido de dias de RP, e quando da preparação deste texto, a Mercedes estava fazendo tudo em seu poder para atrair Schumacher de volta de sua aposentadoria.
Nesta época de cintos apertados, como Kimi poderia esperar ganhar tanto quanto Hamilton ou Alonso sem fazer sua parte de trabalho comercial? Ou ele estava completamente fora da realidade, ou ele tinha uma opinião um tanto inflada dele mesmo, ou ele estava vendo com o que ele poderia escapar e não se importava se falhasse. Provavelmente uma mistura dos três.
Durante seu sabático em 2010, Kimi provavelmente vai perceber que ele não precisa mais da F1. Ele não recebeu a ovação de pé em sua corrida final, como foi o caso de David Coulthard no ano passado, mas Kimi não vai se importar com isso. Ele venceu o campeonato e tem potes de dinheiro: obrigado e boa noite.
Martin Brundle sobre Kimi
Q: Por que você acha que Kimi não vai correr em 2010?
MB: Ele não parece mais estar completamente motivado para ser um piloto de F1, apesar de que eu não ficaria totalmente surpreso em vê-lo na Mercedes GP. Ele está sempre procurando por algo que não está disponível: todos os lados bons de ser um piloto de F1 sem os lados ruins. Parece que suas negociações para o ano que vem começaram com uma etiqueta cara de preço e uma lista de coisas que ele não queria fazer. Ele quer dois salários gordos, incluindo seu cheque de 'adeus' da Ferrari.
Q: Voltaremos a vê-lo na F1?
MB: Tempo longe da F1 provavelmente vai motivá-lo porque ele vai passar por sua lista de afazeres rapidamente. Pilotos experientes tem um valor cada vez maior hoje em dia porque a falta de testes torna difícil o desenvolvimento e avaliação de novatos. Muito vai depender da performance dos outros pilotos em 2010. Se ele fosse mais comunicativo, eu estaria preocupado com o meu emprego!
Q: O quão rápido é Räikkönen?
MB: Ele é um grande talento e eu gostaria de tê-lo em minha equipe. Um Kimi motivado ainda é uma grande força, como ele provou durante a segunda metade de 2009. Mas ele realmente não se ligou até Felipe Massa ser atingido na cabeça; parece como se Kimi tivesse sido atingido na cabeça também. Ele tem significativamente mais talento do que pessoas como eu, mas ele o desperdiça às vezes.
Q: O quanto seu estilo de vida festeiro joga contra ele?
MB: Pilotos de F1 vivem a vida no limite e sob extrema pressão; eles precisam tirar as coisas de seu sistema ocasionalmente. Poucos pilotos são anjos, ou mesmo foram no passado. Poderíamos todos contar algumas histórias picantes, mas o que acontece na estrada, fica na estrada. Kimi é um pouco de um extremo e não esconde, o que definitivamente o prejudicou apesar da aparente ânsia por uma nova era à la James Hunt.
Fonte: F1 Racing
Tradução: Fran
Agradecimento: Anelise
"É tudo muito bem feito e muito relaxante," ele diz. "Há muito, muito menos politicagem e bobagem. Na F1 você não vê tanto as pessoas irem às outras equipes e conversarem, mas lá [no WRC] é muito mais aberto. É simplesmente um sentimento melhor.
"Você pode dizer mais ou menos o que você quer lá. Na F1, se você diz algo errado, com certeza você tem que aguentar um monte de merda. Lá é muito mais relaxante. No fim, a F1 poderia aprender bastante do rali..."
A mudança de Kimi para o WRC é algo que ninguém poderia ter previsto nesta época do ano passado, quando ele estava se preparando para sua primeira experiência no Rali do Ártico, de menor importância. Era, pensávamos, apenas um pouco de diversão de inverno para alguém que foi criado em um país onde dirigir na neve é natural.
Contudo, mais dois eventos exploratórios com seu Abarth Grande Punto, incluindo um no asfalto na Itália, o levaram para uma estreia espetacular no WRC na Finlândia no verão. Seu fim-de-semana terminou nas árvores, mas no percurso ele provou que tinha algo a fazer ali.
"Sempre fui um grande fã de rali," ele explica. "Queria tentar e ver o que acontecia, e quando eu tentei neste ano eu gostei. Também senti que era uma boa ajuda quando eu estava correndo. Mesmo se é um tipo diferente de pilotagem ainda ajuda mesmo na F1 para mim. Pelo menos eu achava que era uma boa ajuda.
"Quero dizer, você tem que ser muito preciso no rali, e especialmente quando tem neve e há apenas uma pista. Se você for um pouquinho fora do traçado você vai parar na neve solta, e daí você sai facilmente.
"Há muitas coisas que você precisa fazer, e você precisa fazer um grande esforço para escutar as anotações. Há muitas outras coisas acontecendo no rali, coisas diferentes que podem mudar tudo, diferente da F1.
"É engraçado, porque você pode facilmente colocar muito esforço na pilotagem, e nada em escutar as anotações. É a coisa mais difícil de fazer em primeiro lugar, fazer as anotações e depois ouvi-las. Para nós da F1, ou de qualquer outro tipo de corridas onde não há um co-piloto, você só precisa colocar todo o seu esforço na pilotagem.
"Mas agora você precisa escutar muito, e isso leva tempo para se acostumar. É o maior problema, realmente. A pilotagem é difícil em alguns lugares, mas se você fizer as anotações certas e ouvi-las logo então com certeza a pilotagem vai ser boa."
Ainda parece extraordinário que um campeão mundial de Fórmula 1 tenha feito uma mudança de carreira tão dramática. Até alguns meses atrás, até Kimi tinha todas as razões para acreditar que ele estaria pilotando para a Ferrari pela quarta temporada em 2010.
"É, senão eu não teria feito um contrato," ele admite. "Mas se eles querem que você saia, não faz sentido ficar. Quero dizer, se alguém quer que você vá embora, você provavelmente não vai gostar muito do ano que se segue..."
Os boatos no paddock sugeriam que ele estava de saída para dar espaço para Fernando Alonso muito antes de ele ter tido qualquer discussão formal com a gerência sobre sua posição.
"Você ouve falar bastante sobre coisas assim. Não é como se viesse do nada... você ouve falar. Ninguém fala, mas você sente das pessoas quando você pergunta se eles estão de sacanagem ou não. Quero dizer, isso é a vida. Na F1 não é a primeira vez, e não vai ser a última. Sempre pode acontecer."
Certamente, havia um toque de "tudo que vai, volta". As circunstâncias eram um pouco diferentes, mas a aposentadoria de Michael Schumacher no final de 2006, foi, até certo ponto, forçada a ele pela iminente chegada de Räikkönen. Isto indicava o quanto Kimi era almejado por Maranello naquele momento.
E ainda assim, apenas três anos mais tarde, ao finlandês foi mostrado gentilmente a porta, apesar de compensação substanciosa para facilitar sua passagem. A equipe simplesmente se desapaixonou por ele?
"Você tem que perguntar a eles, eu não sei!" ele diz. "Você tem que perguntar às pessoas que tomam essas decisões. Eu não estou interessado no fim no porquê ou quando. Tenho quase certeza que eu sei a resposta, e não tem nada a ver com a pilotagem ou com o que eu fiz lá.
"Acho que quando há dinheiro suficiente envolvido, você sempre pode mudar qualquer coisa! Acho que tem muito a ver com a chegada do Santander. Provavelmente eles fizeram algum acordo. Não sei..."
A gerência da Ferrari não demorou a apontar o óbvio - que Alonso traz o tipo de empurrão motivacional que Schumacher fazia no passado, sugerindo que Räikkönen deveria ter feito o mesmo.
"Eu nem tentei. Eu disse já no primeiro diz que não estava tentando ser o Michael, eu vou fazer as coisas do meu jeito. Acho que eles sabiam disso, e eles não esperavam nada mais."
O que a Ferrari conseguiu foram resultados. Em 2007, Kimi teve uma temporada quase sem falhas e tirou o título dos pilotos da McLaren. No ano passado, ele foi estigmatizado pela falta de confiabilidade do carro e um setup que ele não gostava, e Felipe Massa recebeu a atenção. Em 2009, a Ferrari não deu a nenhum dos dois as ferramentas certas, mas Kimi se sobressaiu contra seu companheiro de equipe, o batendo para chegar em terceiro em Mônaco.
"Eu estou feliz com a forma que eu estive pilotando. Se você comparar com o ano passado, estou muito mais feliz, mas este ano nós não tínhamos o carro. É uma certa mudança, mas de qualquer forma, o que você pode fazer? Se você não tem, você não tem."
Na segunda metade do ano, com Felipe de lado, Kimi ficou mais próximo da frente. Ele foi segundo na Hungria, terceiro em Valência e Monza, e conseguiu uma vitória oportunista naquela tarde estranha em Spa.
"Depois de uma temporada como essa, foi bom ter vencido, e saber que foi com um carro que não é o mais rápido te dá um sentimento melhor do que você provavelmente teria se tem o melhor carro e vence. Quero dizer, é dez vezes mais fácil. Mas mesmo sem a vitória, a última parte da temporada foi boa."
No final, ele terminou em sexto no campeonato de pilotos, um ponto atrás de Lewis Hamilton. Nas últimas corridas, a equipe ficou sem vapor, pagando o preço por ter descartado o desenvolvimento do F60. Kimi sabia então que ele não estaria pilotando em 2010, e estava levando o golpe para que Alonso colhesse os benefícios.
"Eles têm motivos para isso," ele diz. "Algumas equipes fizeram diferente, como a McLaren, elas continuaram lutando e melhoraram o carro, mas a Ferrari decidiu concentrar todos seus esforços para o ano que vem. Mas olhando para trás, poderíamos ter vencido muitas corridas se tivéssemos colocado todos os esforços no carro deste ano. É fácil dizer isso depois, mas eles provavelmente poderiam ter melhorado bastante o carro."
Pode ter terminado prematuramente, mas de qualquer forma ele tem boas lembranças de seu tempo em Maranello.
"Quero dizer, eu venci algumas corridas e venci o campeonato, então eu tive um bom período. É claro que há coisas no último ano que poderiam ter sido melhores, mas não foram. O que você pode fazer? Você sempre pode dar o seu melhor e algumas vezes você acaba não conseguindo o que quer. Eu ainda consegui o que eu sonhava na F1, então estou muito feliz. Eu me diverti."
Foi para a McLaren que assumimos que Kimi voltaria. Ele saiu em bons termos no final de 2006, e a porta permanecia aberta.
"Nós nunca tivemos um sentimento ruim. Eu simplesmente queria algo diferente naquela época, eu poderia ter ficado lá. Acho que foi a melhor maneira de sair, porque você nunca sabe o que vai acontecer no futuro."
Competir com Hamilton não era um problema: "Não teria sido um problema, e de qualquer forma eu conheço as pessoas na equipe, então não seria tão difícil ter ido para lá. É por isso que era minha principal opção, porque sempre leva algum tempo quando você vai para uma equipe nova, e com eles eu conheço os engenheiros e tal."
Mesmo assim, após semanas de especulação, foi Jenson Button, e não Kimi, que se tornou o companheiro de equipe de Hamilton.
"Eu poderia ter assinado com eles se eu quisesse, mas no fim não era 100 por cento o que eu queria. Não tinha muito a ver com o dinheiro na verdade, eram as outras coisas. Não é que eu não pudesse ter ido para lá, mas como eu disse, eu não tinna motivos para fazer um contrato com o qual eu não ficasse feliz."
O dinheiro foi parte da equação é claro - não é segredo que a compensação da Ferrari diminuiria substancialmente se ele tivesse escolhido correr em outra equipe em 2010.
"É, com certeza tem algo que diz que se eu corresse em outra equipe, eu receberia um pouco menos. E não faria sentido receber menos se pilotasse para alguém. Era uma situação complicada, mas no fim não foi o problema, o dinheiro, apesar de todo mundo pensar que foi. Não era o que eu queria."
Kimi brevemente se tornou um candidato para a vaga em aberto da Mercedes - Ross Brawn foi uma das pessoas que o trouxe para a Ferrari - mas ele já estava bem encaminhado para o WRC.
"Eu provavelmente poderia ter ido para lá. Não quis começar uma longa espera. Com certeza, poderíamos ter conseguido um contrato no fim, mas quando as coisas com a McLaren não aconteceram eu já tinha conversado com a Red Bull, então eu queria simplesmente ir para lá e ver o que acontece no rali. Talvez eu volte [para a F1] no ano que vem ou no outro ano. Ou talvez não..."
Ele é um pouco vago sobre seus planos a longo prazo, e insiste que ele não tem nenhum. Todo mundo somou dois mais dois e o colocou na Red Bull Racing em 2011, mas as coisas podem não ser assim tão óbvias.
"Eu não tenho nenhum contrato com a F1 ou qualquer outra coisa, então não tenho ideia do que vai acontecer. Tenho as duas opções, permanecer no rali ou tentar voltar à F1. Quero ver como vão as coisas, e só então decidir. Não estou com pressa para decidir. Se for bem no rali, eu posso continuar. Há muitos cenários diferentes. Neste momento é apenas por esse ano, tanto com a Red Bull como com a Citroën."
A agenda do WRC é bastante cheia, mas no momento ele está curtindo uma folga silenciosa, dividindo seu tempo entre a Suíça e a Finlândia. Ele não vai sentir falta da F1 em algum momento?
"Vamos ver!" ele ri. "Agora eu não sinto falta, mas é sempre a mesma coisa no inverno."
Fonte: Autosport
Tradução: Fran
Agradecimento: Anelise