5 de maio de 2010

Vulcão islandês ainda causa problemas para a Fórmula 1 antes do GP da Espanha

Brasileiro Lucas di Grassi não terá carro atualizado em Barcelona graças ao atraso na programação de sua equipe após a corrida em Xangai, na China

Acostumada a fazer tudo no menor tempo possível, sempre regulada por cronômetros muito bem calibrados, a Fórmula 1 viveu uma situação incomum nas últimas semanas. O caos aéreo na Europa causado pela erupção do vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia, pouco antes do GP da China, colocou a categoria de pernas para o ar.

Vários integrantes de equipes ficaram quase uma semana presos no país asiático, graças a cancelamentos de voos programados para a Europa. Quem tentou a sorte teve de escolher outra rota. A Ferrari, por exemplo, teve de fretar um avião para levar seus funcionários, incluindo os pilotos, de volta à Itália. De quebra, ainda "deu carona" para alguns sortudos como Robert Kubica (Renault), Jarno Trulli (Lotus) e Vitantonio Liuzzi (Force India).

Já o brasileiro Lucas di Grassi, piloto da VRT, desistiu de passar na sede do time e em sua casa, ambas na Inglaterra, para vir direto ao Brasil e aproveitar as semanas de folga da F-1. Mas não foi uma tarefa fácil. Em vez do trecho inicial Xangai-Londres, ele optou por sair da cidade chinesa, fazer uma escala em Hong Kong, outra em Toronto (Canadá), para, finalmente pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Tudo isso em "agradáveis" 40 horas de voo. Uma maratona, em suma.

Se os problemas ficassem apenas no cansaço, no entanto, não seria tão ruim. Só que a situação piorou. A equipe do brasileiro demorou cinco dias pra voltar à Inglaterra, o que atrasou a programação para o GP da Espanha. A VRT tinha três carros na China - os dois da corrida e um reserva. Na Europa, outros engenheiros já instalavam atualizações no quarto chassi, que estava na fábrica. O caos aereo causado pelo vulcão não deixou que as modificações fossem realizadas nos outros modelos.

- Depois da China, a equipe teve outra 'corrida' particular, que era a volta à Londres para começar o trabalho de atualização dos carros para a temporada europeia. Infelizmente, o vulcão na Islândia atrapalhou bastante os nossos planos. Estou um pouco desapontado por dirigir a versão antiga do chassi, já que não tivemos tempo suficiente para atualizar os dois carros - diz.

Em Barcelona, apenas o carro de Timo Glock, companheiro de Lucas, terá as atualizações, como o novo e maior tanque de combustível. O brasileiro só terá as novidades no GP da Turquia. Em Mônaco, o reservatório menor não é um problema, por causa da menor média de velocidade do circuito.

Fonte: GLOBOESPORTE.COM

Sem comentários: