7 de fevereiro de 2011

Navegador de Kubica descreve acidente e critica segurança do rali

Jakub Gerber, navegador de Robert Kubica no rali na Itália, disse que não fazia sentido haver um espaço aberto no guard-rail e ainda pediu para a FIA reforçar a segurança no cockpit

Horas depois do susto e acalmado, Jakub Gerber, navegador de Robert Kubica no rali disputado na Itália em que o piloto da F1 sofreu um grave acidente, revelou o que aconteceu nos primeiros quilômetros da competição que seria disputada no último domingo (6). Gerber afirmou que as condições do asfalto eram adversas e ainda detalhou a batida.

“Nós sabíamos que o asfalto estava escorregadio por conta da umidade, mas estávamos preparados. Depois de escorregar, o carro bateu no guard-rail, ricocheteou e bateu novamente. O guard-rail perfurou o carro e o atravessou. Imediatamente vi que era algo sério e Kubica também tinha um machucado feio logo abaixo do olho por ter batido no volante. Robert, então, desmaiou e eu saí pela janela, pois a porta estava emperrada”, contou ao jornal italiano ‘Gazzeta dello Sport’.

Gerber descreveu ainda o complicado resgate do piloto de F1. “A ambulância chegou imediatamente e então vieram os bombeiros. Eles levaram cerca de meia hora para tirá-lo de lá. A primeira equipe não tinha os equipamentos corretos, então tiveram que esperar por outro grupo. Além disso, o helicóptero não poderia pousar ali, então Robert teve de ser movido e mais tempo foi perdido”, afirmou.

O navegador também criticou a segurança do rali. “Aquela abertura entre as barreiras não faz sentido. Mas, além de tudo, não deveríamos ter carros com tão pouca proteção na parte da frente. Essa não é a primeira vez que uma batida assim acontece, e a Federação deveria pensar em algo para proteger o cockpit”, disse.

Por fim, Jakub Gerber respondeu se o acidente havia sido causado por uma falha mecânica ou por um erro do piloto de F1. “Em uma competição, você tenta ir o mais rápido possível. Robert é o tipo de pessoa que sempre se esforça ao máximo, sempre está pensando em um passo a frente e é muito preciso e rápido. Um piloto completo”, concluiu.

Quem também falou à ‘Gazzeta dello Sport’ foi Mauro Moreno, piloto italiano que havia largado logo após Robert Kubica. “Foi horrível. Eu o chamei pelo nome duas vezes, mas ele não respondeu. A lâmina de metal vinha de fora do carro. O navegador olhou para mim e fez sinais de que estava bem, então perguntei a Robert se estava tudo ok com ele também, mas foi inútil, já que estava inconsciente e não ia responder”, revelou.


Fonte:Grande Prêmio

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