8 de dezembro de 2010

Lotus Cars anuncia acordo com Genii e equipe vai se chamar Lotus Renault

A Lotus Cars, de propriedade da montadora malaia Proton, anunciou nesta quarta-feira (8) que vai se tornar patrocinadora e também uma das maiores acionistas da Renault na F1, que será rebatizada de Lotus Renault GP

A Lotus Cars, empresa de propriedade da montadora malaia Proton, e a Renault, anunciaram nesta quarta-feira (8) que a equipe vai mudar de nome a partir da próxima temporada, passando a se chamar Lotus Renault GP. Graças ao acordo celebrado entre as partes, o Grupo Lotus será o patrocinador principal da escuderia e também um dos principais acionistas do time, ao lado da investidora Genii, que detém a maior parte das ações. O novo carro do time em 2011 terá as cores preta e dourada, a exemplo do que anunciou meses atrás a rival da Proton, a Lotus Racing de Tony Fernandes.

O acordo faz parte do projeto de expansão da Lotus Cars no automobilismo mundial. Em 2010, a marca figurou na Indy como parceira da KV no carro de Takuma Sato e anunciou que vai dar suporte para dois carros na próxima temporada. Já no fim do ano, a Lotus-Proton acertou contrato de cooperação com a ART, tanto na GP2 quanto na GP3, e já estampou o famoso emblema eternizado por Colin Chapman nos testes de fim de ano nos Emirados Árabes.

A medida faz parte do contra-ataque à Lotus Racing de Fernandes. O empresário malaio e a Lotus Cars pleiteiam na justiça os direitos de uso do nome Lotus. Nos testes da GP2 em Abu Dhabi, a ART exibiu o logotipo da Lotus com o carro nas tradicionais cores verde e amarela. Já a Air Asia, equipe que Fernandes criou para ser uma filial da Lotus Racing na GP2, teve o carro todo branco e sem qualquer menção ao nome Lotus.

“Após o retorno do nome Lotus à F1 em 2010, sob licença do Grupo Lotus, o anúncio histórico marca o completo retorno da fabricante Lotus ao esporte, com o apoio total da empresa-matriz Proton”, diz o comunicado oficial.

Segundo a revista britânica ‘Autosport’, a Genii vendeu parte da equipe à Lotus Cars, levando a uma mudança de nome e também das cores do carro. Assim, saem o amarelo e preto da Renault para entrar o preto e dourado da Lotus-Renault, como aconteceu entre 1985 e 1986, na época em que Ayrton Senna guiou pela escuderia britânica e conquistou suas primeiras vitórias na F1. O contrato de patrocínio da Lotus Cars com a Renault vai até o fim da temporada de 2017, com a montadora francesa seguindo normalmente o fornecimento dos motores até o fim do acordo. A Renault anunciou em Interlagos que também fabricará os propulsores da Lotus Racing. Assim, além das duas Lotus, a marca permanecerá como fornecedora da campeã mundial Red Bull.

Gerard López, presidente da Renault na F1 e também comandante da investidora Genii, revelou sua satisfação após a confirmação do acordo com a Lotus Cars. “Estamos muito contentes que agora podemos ir a público noticiar que vamos correr como Lotus Renault em 2011.”

“É extremamente emocionante começar uma nova era para a equipe em parceira com o Grupo Lotus, e nós vamos continuar desfrutando de uma forte relação com a Renault nas próximas temporadas. É um tributo ao excelente trabalho desempenhado neste ano pela equipe em Enstone e fomos capazes de atrair o patrocínio principal e novos investimentos para um futuro muito brilhante”, completou o dirigente espanhol.

Já o diretor-presidente do Grupo Lotus, Dany Bahar, se uniu ao discurso de López e celebrou o acordo tão especulado pela imprensa europeia nos últimos meses. “Acho que não há melhor plataforma para divulgar uma marca de automóveis quanto o automobilismo, e a F1 é o ápice das corridas”, afirmou.

Bahar aproveitou o anúncio para bradar a vitória a seu favor na disputa pessoal que trava com Fernandes também na mídia. “Nós sabemos muito bem que há muita controvérsia no uso de nossa marca na F1, e estou muito contente por poder formalmente deixar clara a nossa posição de uma vez por todas: nós somos a Lotus e estamos de volta”, completou.


Fonte: Grande Prêmio

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