13 de fevereiro de 2010

O salto da F1 para o WRC também é um ano de aprendizado para o preparador físico de Kimi

O alarme desperta às 4:14 da manhã no hotel em Karlstad. Significa que o dia de trabalho já iniciou para Kimi e especialmente para seu preparador físico, Mark Arnall.

Eles têm à sua frente 110 km para dirigir até o estacionamento de serviços. Lá eles terão um café da manhã de 20 minutos.

Arnall é responsável pelos dois pilotos e co-pilotos da equipe Red Bull Citroën Junior e por seu fornecimento de bebidas. Räikkönen recebe duas sacolas de bebidas em seu carro e Ogier, duas mochilas contendo bebidas esportivas.

O serviço é ao meio-dia. É quando os pilotos comem rapidamente e Arnall estoca as bebidas nos carros.

O dia termina quando escurece. Depois disso eles dirigem até o hotel, onde a cama os chama às 9 ou 10 da noite, pois eles têm de acordar antes do galo na próxima manhã.

Arnall trabalha com Räikkönen desde que ele foi para a McLaren em 2002. Sua mudança da F1 para o WRC foi também um grande salto para seu guru de treinos.

- Um piloto têm de ser capaz de se concentrar na pilotagem o tempo todo. O trabalho do preparador é assegurá-lo que esteja capaz de fazer isto o tempo todo tanto mentalmente como fisicamente, disse Arnall.

- Neste sentido, a diferença entre um piloto de F1 e um piloto de rali é imensa. Quando um piloto de F1 pilota aproximadamente 20 voltas nos treinos, depois uma hora na classificação e normalmente uma hora e 40 minutos na corrida, há bastante tempo para tratar os aspectos físicos e mentais.

- No rali é completamente diferente quando você começa tão cedo de manhã, dirige por 10-20 minutos, aí come rapidamente durante o serviço e pilota de novo intensamente de tarde. Chegamos ao hotel de noite e Kimi quer ir dormir o mais rápido possível. Então a massagem e o tratamento pós corrida é muito curto. É claro que se a coluna de Kimi estiver em condições que precise de tratamento mais prolongado, vai ser feito às custas de seu tempo de sono.

- Vai ser especialmente desafiador manter as reservas físicas e mentais de Kimi no mesmo nível em corridas em lugares quentes, pensa Arnall.

Fisicamente e mentalmente, a carreira do rali é extremamente dura para Räikkönen neste estágio. Kimi nunca antes teve que escavar seu carro da neve com uma pá por 30 minutos e suar tanto como num dos GPs mais quentes em algum lugar da Malásia.

Os hematomas mentais são outra coisa. Sendo mentalmente forte, Kimi parece conseguir encarar este contratempo como parte de sua dura escola para conseguir alcançar uma velocidade de ponta no rali.

Fonte: Turun Sanomat
Agradecimentos: Nicole @ PF1, Anelise
Tradução: Fran

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