25 de fevereiro de 2010

Mosley rebate Ferrari e vê equipe como "mulher de meia-idade invejosa"


As duras críticas da Ferrari à política adotada por Max Mosley para a atual temporada da Fórmula 1 foram rebatidas pelo ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Em um almoço com jornalistas especializados britânicos, o dirigente relativizou as críticas e brincou com a suposta “inveja” da escuderia italiana.

“Ele descreveu a Ferrari como uma mulher de meia-idade invejosa, que está incomodada com a atenção que as mais novas vêm recebendo. Ele também falou sobre a história da Lotus e da Virgin entrarem 'mancando' na Fórmula 1 ser uma vergonha, e lembrou que a rica Ferrari deixou um de seus carros sair dos boxes com a mangueira de combustível pendurada em Cingapura, em 2008”, disse James Allen, comentarista de Fórmula 1 da ITV que esteve no encontro e fez um relato deste em seu site.

O episódio em questão, ao qual Mosley se referiu, teve Felipe Massa como protagonista. O brasileiro, à época na disputa pelo título mundial, teve sua atuação na prova prejudicada pela trapalhada da Ferrari, que liberou o carro do pit stop antes de retirar a mangueira de combustível.

A briga entre as partes é antiga. No último ano, Mosley e a escuderia italiana travaram uma ferrenha briga política sobre a implantação do teto orçamentário e a presença das montadoras na Fórmula 1.

A opção do dirigente por novas equipes, que só apresentaram dificuldades financeiras e desempenhos sofríveis até o momento, incomodou a Ferrari. Na última terça-feira, os italianos divulgaram uma coluna em seu site oficial condenando a suposta “guerra santa” de Mosley, que teria forçado a saída das fabricantes sem checar a origem das novatas.

O ex-mandatário da FIA, porém, se eximiu de culpa no caso. Segundo Mosley, Campos e USF1 foram investigadas pela empresa de consultoria Deloitte, parceira da Fórmula 1, e apresentavam condições enquanto ele estava na FIA. O dirigente ainda declarou que aposta na fusão das duas, mas desacreditou uma possível entrada da Stefan GP.

“Isso abriria espaço para uma 13ª equipe, mas ele lembrou que para os sérvios entrarem, todos os times têm de concordar”, lembrou James Allen. A presença de Mike Coughlan na Stefan GP seria o motivo para o veto. O britânico é ex-engenheiro da McLaren e foi protagonista do escândalo de espionagem que também envolveu a Ferrari em 2007.

Fonte: Uol Esportes

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