16 de fevereiro de 2010

Kimi do rali ainda tem 'cera em seus ouvidos de notas'


Como esperado, o campeão de F1 Kimi Räikkönen tem bastante dever de casa para fazer depois de seu primeiro curso de aprendizagem no mundo do rali.

Ele ainda tem 'cera em seus ouvidos de notas', e portanto, sua precisão na pilotagem nos estágios ainda está em modo de busca. Após o Rali da Suécia, Räikkönen entende ainda melhor o quão precisas devem ser as notas para os diferentes estágios.

- Tinha algumas notas ruins em alguns estágios e não pude pilotar da forma que queria. É assim que resolvemos os resultados. Se as notas estiverem totalmente certas, dá pra ir bem mair rápido. Mas você só aprende isso com a experiência e felizmente você vai ganhando isso o tempo todo pelo caminho, resumiu Räikkönen.

Seu co-piloto, Kaj Lindström, disse que você pode aprender a fazer as notas até mesmo em casa.

- É um progresso quando Kimi vai de carro por exemplo até o supermercado e pensa em notas sobre cada pedaço do caminho enquanto pilota. Você só tem que usar o tempo e imaginer o que tem que saber sobre cada espaço.

- Deste rali, obtivemos um bom conhecimento quando percebemos que algo está faltando no aspecto de notas. Agora havia lugares onde estávamos freando cedo demais, explica Lindström.

- Mas a performance no geral de Kimi foi mesmo positiva. A rotina cresceu e o car estava começando a se encaixar em suas mãos.

O principal objetivo de Räikkönen foi alcançado quando seu Citroën alcançou o final. O resultado final foi 30º e a diferença para o vencedor Mikko Hirvonen foi de 38 minutos e 37 segundos.

- Cometemos alguns erros idiotas. Fomos em velocidade baixa em direção a um banco de neve e ficamos presos lá. Estes erros poderiam não ter sido cometidos mas é normal e faz parte do rali, disse Räikkönen.

Surpreso com as condições

Antes do rali, Räikkönen disse que não tinha ideia de seu próprio ritmo comparado aos outros. Agora esta informação foi acumulada.

É claro que eles foram rápidos. Mas este deve ter sido um dos ralis mais difíceis onde ele tinha muito a aprender.

O melhor estágio foi o penúltimo de sábado, onde ele foi o sexto mais rápido.

- O mesmo trecho teria sido bom também na primeira rodada da manhã, mas por causa de uma nota ruim eu entrei num banco de neve na última curva, comentou Räikkönen.

- Foi ficando mais fácil o tempo todo passávamos pelos estágios especiais pela segunda vez.

O fim de semana foi mais difícil do que você esperava?

- Eu não tinha grandes expectativas neste momento. Eu sabia que seria difícil mas me surpreendi com o grau de dificuldade de certos lugres. As situações acontecem de repente no rali. Quando você não tem experiência nisto, você realmente não sabe o que fazer quando pega pistas mais profundas ou muita neve na estrada.

Räikkönen pôde mostrar sua velocidade. Em sete dos 21 estágios especiais ele esteve no top 10 e em outros sete ele foi o 11º mais rápido.

Sem ter ficado preso num banco de neve, Räikkönen poderia ter terminado no top 10 e por consequência conseguido logo um ponto.

- Kimi está aprendendo isto com atitude motivação fortes. Quando paramos no banco de neve, Kimi pegou a pá e decidiu tirar o carro de lá sozinho, isso diz muito sobre ele, pensa Lindström.

Teste de cascalho na França

No próximo sábado, na França, Räikkönen e Lindström vão testar seu Citroën em estradas de cascalho pela primeira vez. Uma semana depois, eles vão para o coração da América, onde o segundo rali será disputado no cascalho do México.

- É difícil dizer qualquer coisa antes disso, não pilotei nem um metro no cascalho com este carro e nem mesmo visitei o país. Mas por causa da experiência que tive em Jyväskylä com meu próprio carro, acredito que no cascalho é certamente mais fácil do que na neve, imagina Räikkönen.


Fonte: Turun Sanomat
Agradecimento: Leijona @PF1, Anelise
Tradução: Fran

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