Recordista de títulos e vitórias no Mundial de Rali, Sébastien Loeb começa a temporada de 2011 prevendo uma disputa emocionante pelo título. Heptacampeão consecutivo, o francês, vencedor de 61 etapas do WRC, apontou as mudanças no regulamento da categoria — que terá na divisão principal os motores de 1,6 L de quatro cilindros ao invés dos propulsores de 2,0 L que vigoravam até 2010 — como determinante para que o próximo campeonato seja emocionante.O piloto tem desenvolvido, ao lado do compatriota Sébastien Ogier, o novo Citroën DS3, que substituirá o vitorioso C4. Por essa razão, Loeb abriu mão de disputar as 24 Horas de Le Mans neste ano pela Peugeot. O gaulês já correu a famosa prova em duas oportunidades [2005 e 2006], terminando na segunda posição em sua última participação.
“Não vou fazer [as 24 Horas de] Le Mans neste ano”, garantiu o heptacampeão do WRC em entrevista à revista ‘Autosport’. O piloto da Citroën justificou a decisão. “Em termos de calendário, com o desenvolvimento do DS3 caminhando bem, é muito pesado combinar todas [as provas].”
Com a mudança nas regras dos motores no WRC, tanto a Citroën, quanto as rivais Ford e a Mini, nova equipe na categoria, começaram o desenvolvimento de seus carros do zero, o que torna a disputa emocionante e imprevisível, na visão de Loeb.
“Quando o regulamento não muda de um ano para o outro, e você tem o mesmo carro, que no caso, foi o mais resistente de todos nas últimas temporadas, você sabe que no começo da temporada seguinte, tudo seguirá igual”, comentou o francês durante o lançamento do DS3 na sede da Citroën no início desta semana.
“Mas agora, muitas coisas mudaram; pilotos recém-chegados, carros e uma marca nova, o que nos dá muita expectativa. É parecido quando chega um carro novo, mas agora, com a mudança de regulamento, não há como comparar”, complementou o piloto, que ao lado de Ogier, está realizando uma bateria de testes com o DS3 nas pistas de neve da Suécia, sede da abertura do Mundial entre os dias 11 e 13 de fevereiro.
Sébastien acredita que a transição para um carro mais compacto impede a comparação de desempenho entre o DS3 com o antigo C4, o que foi possível quando a montadora substituiu o Xsara pelo C4 em 2007. “Inclusive para nós, é difícil saber se o que temos feito é positivo ou não, porque não se pode comparar este carro com o C4. Quando mudamos o Xsara pelo C4, não foi a mesma situação, porque o regulamento era o mesmo e era possível comparar um carro com o outro. A situação atual é completamente diferente”, encerrou o heptacampeão.
Fonte: Grande Prêmio
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