6 de outubro de 2011

Nem mesmo Räikkönen pode oferecer mais à Williams, afirma Barrichello

Sem ter vaga assegurada no time de Grove para a próxima temporada, e com os boatos cada vez mais ligando Kimi Räikkönen ao seu lugar, Rubens Barrichello disse que nem mesmo o finlandês pode ser mais útil à equipe

Enquanto os rumores que ligam Kimi Räikkönen à Williams ganham cada vez mais corpo, Rubens Barrichello reiterou que é o nome ideal para liderar o time de Grove na próxima temporada. O veterano de 39 anos disse que nem mesmo o finlandês, campeão mundial de F1 em 2007 e atualmente no WRC, pode oferecer mais à equipe do que ele próprio. Rubens voltou a criticar os jovens pilotos endinheirados e contou que mesmo tendo a Williams como prioridade, conversa com outras escuderias para correr em 2012.

As especulações ligando o nome de Kimi a Williams ganharam força na imprensa europeia quando o diário finlandês ‘Ilta Sanomat’ publicou que a contratação do nórdico é vista por Frank Williams como principal atrativo para que o Banco Nacional do Catar patrocine a equipe na próxima temporada.

Barrichello, no entanto, entende que não há piloto à sua altura que possa substituí-lo na Williams. “Não acredito que ninguém, incluindo Kimi, pode oferecer alguma coisa a mais do que eu faço. Eles já sabem o que eu posso oferecer”, declarou o piloto recordista de largadas na história da F1 em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6) em Suzuka.

Rubens bradou também contra os pilotos jovens e dotados de polpudos patrocínios, que são apontados como outra ameaça às pretensões do veterano em seguir na Williams. A mídia europeia já especulou os nomes de Giedo van der Garde, Jules Bianchi, Romain Grosjean, Nico Hülkenberg e até mesmo Bruno Senna como possíveis substitutos de Barrichello.

“Pilotos jovens podem ter mais dinheiro, mas eles também podem ter coisas ruins acontecendo na primeira volta, e todo o dinheiro vai embora com as batidas”, comentou o brasileiro.

Rubens conta como atual companheiro de equipe Pastor Maldonado, campeão da GP2 em 2010 e detentor do forte patrocínio da estatal venezuelana PDVSA. O veterano somou mais pontos no Mundial, quatro, contra apenas um de Pastor, mas o novato já alcançou três vezes o Q3, contra nenhuma do brasileiro.

“E no fim das contas, a Williams sabe o quanto ainda tenho de entusiasmo, mesmo guiando um carro que não é competitivo”, acrescentou Barrichello, ressaltando a vontade de seguir como titular em 2012. “Eles sabem o quanto [esforço] tenho colocado dentro desta equipe e o quanto quero seguir para o ano que vem. Precisamos esperar e ver o que eles têm a dizer em algum momento, o que eu espero que seja em breve.”

O piloto não conta com nenhum patrocínio de peso, ao contrário, recebe salário da Williams. Mas quando questionado se levaria dinheiro à equipe se fosse preciso para manter a vaga para 2012, Rubens disse. “Se a equipe disser que isso é um requisito, então vou trabalhar por isso. Mas não entendo que isso seja pedido pela equipe.”

Dentre as equipes da F1, com exceção das três novatas, Renault, Force India e Toro Rosso ainda não definiram suas respectivas duplas para 2012. Barrichello, perguntado pelo site da revista britânica ‘Autosport’ se conversa com algum outro time para a próxima temporada, confirmou. “Sim, algumas outras equipes. Adoraria guiar um carro rápido, e certamente, algumas equipes o teriam para o ano que vem”, finalizou o brasileiro.


Fonte: Grande Prêmio

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