25 de outubro de 2011

Chocado com mortes de Wheldon e Simoncelli, Massa diz: "Inacreditável"

Consternado pelas tragédias que abalaram o esporte a motor na última semana, Felipe Massa disse que não tem propriedade para analisar o acidente de Marco Simoncelli, mas sugeriu que a Indy adote cockpits fechados para evitar mortes como a de Dan Wheldon em Las Vegas

“Inacreditável”. Felipe Massa definiu dessa forma a trágica semana do esporte a motor, que no espaço de sete dias, deixou o mundo consternado com as mortes de Dan Wheldon, durante a etapa de Las Vegas da Indy, e depois, com Marco Simoncelli, que perdeu a vida depois de sofrer uma queda e ser acertado em cheio por Colin Edwards e Valentino Rossi na segunda volta do GP da Malásia de MotoGP.

O piloto da Ferrari, que chegou à Índia para a disputa do primeiro GP da história da F1 no país, se mostrou empolgado por conhecer um novo país, mas ao mesmo tempo, demonstrou estar chocado com as trágicas notícias recebidas nos últimos dias.

“É a minha primeira visita à Índia e estou ansioso para descobrir uma nova pista de corridas, porque é isso que eu faço, essa é minha profissão e eu amo correr”, salientou o brasileiro, sexto colocado no Mundial de Pilotos.

“No entanto, no momento, todos os meus pensamentos estão com as famílias e amigos de Marco Simoncelli e Dan Wheldon. Parece que quando as coisas ruins acontecem, elas acontecem todas de uma vez”, lastimou o piloto da Ferrari, que também demonstrou pesar, sobretudo pela morte de Marco no último domingo (23).

Assim como muitos, pelo menos no Brasil, Felipe recebeu a notícia do acidente fatal de Simoncelli apenas horas depois da confirmação do óbito do italiano da Gresini Honda. “Por conta da diferença de horário entre a Malásia e o Brasil, fiquei sabendo do acidente na MotoGP só quando eu acordei na manhã do domingo, quando estava em minha casa em São Paulo. É inacreditável e fiquei em estado de choque depois.”

“Simoncelli era um cara legal e um grande talento da motovelocidade. Acontecer isso logo após a morte do Dan Wheldon, que era meu amigo, tornou esses últimos tempos bem difíceis, e é inacreditável ter todos esses acontecimentos em apenas uma semana”, lembrou o brasileiro, consternado com os últimos fatos e ciente que o risco de morte é inerente ao esporte a motor.

“Claro, nós que corremos, todos sabemos os riscos cada vez que saímos para a pista. Quando você está correndo, você não pensa muito sobre os riscos, você sempre acelera, às vezes, bem forte. Mas, mesmo assim, é um choque terrível quando você vê algo como isso e você se lembra que o risco está lá”, salientou.

Massa disse que não tem propriedade para analisar o que aconteceu com Simoncelli na Malásia, mas entende que a Indy precisa adotar soluções para proteger os pilotos em casos como o acidente sofrido por Wheldon em Las Vegas há duas semanas.

“Não tenho qualificação para falar sobre o acidente do Simoncelli, já que eu não tenho experiência com corridas de moto, mas no caso do acidente do Dan, espero que a única coisa boa disso é que isso sirva como um alerta para melhorar o nível de segurança dos carros da Indy, da mesma forma que o ocorrido em Ímola, em 1994, serviu para aumentar a segurança da F1”, disse Felipe, fazendo menção às trágicas mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no fatídico fim de semana do GP de San Marino no circuito italiano.

“Na minha opinião, a Indy precisa melhorar muito a segurança. Não é o momento de as pessoas culparem umas as outras, porque o que é preciso agora é uma análise serena, e em seguida, uma resposta da organização do esporte. O que talvez a Indy precisa para começar, levando em conta o tipo de circuito e a quantidade dos carros, seria tentar correr com cockpits fechados, mas esta é apenas uma ideia, e o pacote de segurança precisa ser analisado por completo”, sugeriu o dono da Ferrari de número 6.


Fonte: Grande Prêmio

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