Kimi Räikkönen avaliou as mudanças da F1 desde sua saída da competição e garantiu: “Em um carro de merda você nunca vai vencer.” Ainda, finlandês afirmou que não sente falta da categoria
Kimi Räikkönen voltou às manchetes no final deste ano como possível substituto de Rubens Barrichello na Williams para a temporada de 2012. Após o próprio finlandês assumir que havia conversado com o time de Frank Williams, seu nome foi ligado à Renault, que segue buscando um substituto para Robert Kubica.
Mesmo sendo cotado para as duas vagas, Räikkönen não parece muito animado para voltar à categoria que deixou em 2009. Em entrevista ao ‘F1 Racing’, do Oriente Médio, Kimi avaliou as mudanças da categoria, falou sobre o futuro de Sebastian Vettel e em sua opção pelo Mundial de Rali.
“Nas F1 você precisa ter um bom pacote. Em um carro de merda você nunca vai vencer, mesmo que pilote melhor do que jamais pilotou na vida. Isso é um fato e não há como fugir disso”, garantiu Kimi.
Na mesma entrevista, o piloto de 32 anos não se importou em esconder o desprezo pelos jornalistas que acompanham a categoria ao redor do mundo. “A besteira? HA! É normal. Eu acho. É uma parte do mundo em que vivemos. Eles sempre vão escrever sobre isso, quem liga?”, questionou. “Eu nunca me importei muito com o que as pessoas dizem, porque você não pode mudar isso”, afirmou.
“Na verdade, se você tenta mudar, isso apenas piora as coisas. Então para que tentar mudar? Se você diz: ‘Não, não foi assim – na verdade foi desse jeito’, eles apenas têm mais ideias e a coisa fica pior ainda. Mas importa se é verdade ou não? Ninguém liga”, opinou.
Segundo Raikkonen, não há como prever como será o desempenho das equipes na próxima temporada. O ex-integrante da Ferrari ressaltou o domínio da Red Bull no ano e disse que os pilotos têm que lidar com os carros, ainda que eles sejam ruins.
“É claro que você sempre quer um carro vencedor, mas vimos esta temporada que apenas um time teve um carro top. Não é como se você pudesse escolher ou saber”, ponderou. “Alguns anos os times fazem um carro bom, outros anos os carros deles não são tão bons. Existem diferenças muito pequenas entre um carro bom e um ruim. No final, você tem que trabalhar com isso”, defendeu.
Räikkönen também falou sobre a sua decisão de deixar a F1 no final de 2009 e mudar para o Mundial de Rali. O finlandês explicou que sua mudança foi causada pela curiosidade. “Sempre fiquei curioso para saber se eu poderia me manter na estrada e continuar acelerando”, contou. “É muito diferente da F1. Eu tinha interesse em saber se poderia fazer isso também, porque quando você vê os caras que fazem isso o tempo todo, eles fazem parecer tão fácil. Na verdade é uma das coisas mais difíceis que você pode fazer. Se você erra, tem uma árvore ou uma pedra, ao invés da brita”, contou.
Kimi não descartou, no entanto, que seu interesse pelas provas de rali seja uma coisa passageira. “É uma coisa que eu queria experimentar, mas não tenho que ser tão sério a respeito. Se sentir que não quero fazer mais isso, posso parar hoje”, afirmou.
O ex-piloto da Ferrari também avaliou as mudanças na principal categoria do esporte a motor desde a sua última corrida, no GP de Abu Dhabi de 2009.
“Era muito difícil ultrapassar na F1, particularmente na frente porque os carros são mais rápidos e não tem uma diferença muito grande entre as velocidades”, lembrou. “Parece ser mais fácil agora, pelo menos tem ultrapassagem. Os pneus também parecem ter deixado as coisas interessantes por causa da maneira como se desgastam”, falou.
Apesar dos poucos amigos que tem na F1, Raikkonen destacou a amizade com Sebastian Vettel e afirmou que o bicampeão seguirá vencendo na categoria. “Sebastian vai continuar vencendo muitos GPs. Ele é um cara legal em um bom time e, se eles continuarem fazendo carros vencedores, ele continuará vencendo”, profetizou.
“Ele pode continuar vencendo na F1, mas posso te dizer uma coisa: ele não vai vencer o tempo todo quando se trata de badminton”, brincou.
Apesar dos boatos de que possa voltar à F1 em 2012, Räikkönen não parece muito animado com a possibilidade. “Se eu sentisse falta da F1, estaria lá agora.”
Fonte: Warm Up
22 de novembro de 2011
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